Há uns anos eu li em um artigo sobre dicas de uma pessoa sobre a sua cidade e nunca vou esquecer um comentário que ela fez a certa altura: “eu não conto para ninguém sobre o meu Brunch preferido na cidade porque tenho pânico de pensar que um dia vou chegar lá e vai ter uma fila”. E é fato: nada pior do que chegar no seu local preferido da vida e dar de cara com uma fila de pessoas que certamente não são locais. Eu acho que mais pânico da fila de pessoas desavisadas é o medo que eu tenho deles não entenderem o porquê de determinado lugar ser tão especial. O fato é que certamente elas não darão o devido valor: o valor que só o laço emocional tão forte que só uma pessoa que mora ali tem a chance de cultivar. É logo que cada um forma a sua história com cada lugar que passa, e que você não precisa ser nativo para realmente apreciar algo com propriedade. Talvez esse meu sentimento só pode ser explicado pelo ciúmes que tenho da cidade que tanto amo.
Criei esse coluna justamente para dar aquelas dicas que não passo para ninguém. E você deve estar pensando: “ué, mas ela não acabou de falar que morre de ciúmes dessas benditas dicas?!?”. Sim, é um fato. Não superei os ciúmes, mas essa é uma forma genuína de retribuir à contribuição de vocês assinantes ❥ Então preparem o papel e a caneta! (E por favor, “don’t kiss and tell”!)